O magistrado é investigado pela Corregedoria do Tribunal de Justiça e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por suposta venda de sentenças. (Leia mais AQUI)
Em outubro de 2011, o fazendeiro chegou a fazer greve de fome por uma semana, na porta do TJ, consumindo apenas água e isotônico.
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Arantes, que fez greve de fome durante 7 dias, em 2011, acusa Juiz Martini de corrupção |
Na época, a corregedora geral do CNJ, Eliana Calmon, estava em Mato Grosso e recebeu as denúncias do produtor contra o magistrado, encerrando o protesto. (Leia mais AQUI)
“O processo dele [juiz] será julgado pelo pleno do TJ no dia 20 de junho, de acordo com as informações da Corregedoria do TJ. Vim para Mato Grosso para acompanhar o julgamento, que seria nesta quinta-feira (23), mas volto novamente”, disse Arantes.
Ele afirmou que espera que o juiz seja afastado do cargo e que a sentença dada em 2003, favorável à família Rodrigues, com quem ele disputa mil hectares de uma fazenda em Santa Carmem (a 100 km de Sinop), seja suspenso.
A família Rodrigues teria conseguido uma liminar de reintegração de posse há dois meses, retirando o arrendatário da área. Clayton deixou a área em 2009, depois de sofrer ameaças. Ele revelou que nem mora mais em Mato Grosso.
“O arrendatário não vai nem ter como me pagar. Ele precisa colher a safrinha de milho já plantada na área”, disse
Clayton contou que era dono da área e vendeu parte da propriedade de 3.300 hectares para a família, com entrada e demais parcelas.
Eles teriam pagado apenas a entrada de cerca de R$ 100 mil. “Tinha vendido por 600 e poucos mil, mas a terra valia, no ano passado, R$ 15 milhões”, disse Arantes.
O produtor atacou o magistrado, classificando-o de "corrupto", porque teria vendido sentença favorecendo seus oponentes. Ele ainda levantou suspeita sobre o patrimônio pessoal do juiz de Sinop e de que haveria "uma trama política" para prejudicá-lo.
Greve de fome
Na época da greve de fome, o produtor disse que a propriedade tinha 2.222 hectares, adquirida em 1998 por R$ 450 mil e o ex-proprietário entrou na Justiça para reaver 968 hectares.
"Hoje, a área sob litígio está avaliada em R$ 18 milhões. O fato é que a máfia comandada pelo juiz Paulo Martini entrou em um esquema e não reconhece o meu direito. Por isso, tive que partir para esse protesto radical para fazer valer meus direitos", disse Arantes, há quase dois anos.
O produtor afirmou que a propriedade recebeu investimentos nos últimos 14 anos. "Abrimos lavouras e usamos o título de propriedade para conseguir financiamentos junto a bancos e empresas, onde as matrículas da área foram hipotecadas como garantia de pagamento", completou.
Outro lado
O juiz Paulo Martini não foi localizado pela reportagem para falar sobre as acusações do produtor Clayton Arantes.
Fonte: Débora Siqueira/Midia News
Foto: Mary Juruna/MidiaNews
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